O Serviço Social no Estado do Pará.

domingo, 18 de setembro de 2011

Algumas considerações em resposta ao tão esperado pronunciamento da DSS

Dias após  ao momento que colocou a colega Lúcia Lopes à disposioção e depois de mais de 400 manisfestações de repúdio em todo Brasil, a Divisão de Serviço Social resolveu se manisfestar. No entanto a manifestação causou indignação e revolta de inúmeros assistentes sociais. Assim sendo nós assistentes sociais do INSS no Estado do Pará queremos demonstrar aqui algumas considerações acerca da Carta da Divisão de Serviço Social:
Manifestar seu posicionamento firme em prol do reconhecimento e da importância de uma profissional como a Lúcia Lopes e se manifestar no momento da atitude autoritária e arbitrária que colocou a referida colega à disposição contra sua vontade, de forma arbitrária e autoritária, deveria ter sido a atitude mínima a ser tomada por parte da Divisão de Serviço Social. Mas não foi isso que aconteceu. Foram necessários mais de 300 manifestações da categoria, de entidades representativas e de docentes de renomados Centros Acadêmicos para que à DSS se dirigisse à categoria. E com uma retórica mistificadora da realidade, tanto que atribui como mérito da DSS a conquista da protelação do processo institucional de habilitação do B-87. Ora, a categoria tem acompanhado, continuamente, o esforço gigantesco de muitas colegas combativas e das entidades que nos representam (entre elas, o CFESS, FENASPS, CRESS etc.) Foi tão-somente por obra e graça desses importantes aliados que a Instituição refreou essa demanda indevida. Tanto é assim que é do conhecimento dessa DSS as várias implementações de habilitação de BI por parte de assistentes sociais, que não puderam mais resistir ao constrangimento a que foram submetidos. Só para rememorizar, lembre-se do caso da assistente social de Paulo Afonso, que foi “induzida” a pedir exoneração do INSS!
É quase inaceitável e até causa revolta, que só agora a DSS apresente argumentos ou tente se defender. Nos últimos anos não nos parece que a pessoa responsável em coordenar e dar direcionamneto às ações do Serviço Social tenha se colocado à disposição da categoria, defendendo o Serviço Social enquanto direito, devendo ser ofertado com qualidade e respeito aos profissionais e usuários.
A morosidade na tomada de decisões e não apoio no enfrentamento de questões e desafios apresentados não nos fazem dar crédito a referida pessoa. Ao contrário, a apatia e a falta de diálogo são posturas que muito incomodam os Assistentes Sociais de todo o país.
No contexto atual são inúmeras as situações que exigem postura firme na defesa dos interesses da categoria. No cotidiano profissional nos deparamos com carga de trabalho excessiva vivenciada pelos colegas, a precariedade de espaço físico para o atendimento do Serviço Social e falta do devido sigilo na realização das avaliações sociais, o descumprimento da lei das 30 horas pela Instituição, o assédio moral com relação à habilitação do B-87 pelos assistentes sociais, entre outros.
E mesmo diante de tantos obstáculos encontramos força e coragem para lutar pelos nossos interesses, que não são corporativos, mas que representam os legítimos interesses de nossa população usuária. Temos clareza de que as nossas escolhas devem ser coletivas e se traduzir em ações
O Serviço Social busca a ampliação dos direitos dos cidadãos e defende a Previdência Social pública e de qualidade, que respeite os usuários. Os profissionais que juntos estão pleiteando o retorno de Lúcia Lopes, o fazem por reconhecer que esse profissional acredita e luta pela construção de um mundo mais ético, fraterno e menos desigual, reconhece seu potencial e são comprometidos com o Serviço Social Previdenciário e, sobretudo, porque não aceitam atitudes arbitrárias, que beiram a injustiça.
Estamos preocupados com o futuro do Serviço Serviço, com o não posicionamento da pessoa que ocupa o cargo de chefe da DSS e por não reconhecermos - compromisso, muito menos disposição para lutar pelos interesses da categoria -
Queremos respostas concretas e posicionamentos firmes por parte da Divisão. De que adianta um amontoado de palavras bonitas, quando não se tem posturas claras!?
Fica a reflexão e o desejo que a Divisão de Serviço Social se coloque ao lado daqueles que exigem o retorno de Lúcia Lopes urgentemente. Sem retóricas, mas com ações efetivas, que não se reduzem a encaminhar nossas manifestações aos gestores.

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